Dormir de conchinha é...

Dormir de conchinha é encaixar e sentir o corpo quente da outra pessoa.
Dormir de conchinha é sentir as costas quentes, é a mão que encontra aconhego nos braços, nos seios, entre as coxas ou repousar bem quietinha dentro da lingerie.
Dormir de conchinha é bom quando a outra pessoa segura o teu braço, pedindo o abraço. Bom também é sentir o restinho de perfume no final da noite, o cheiro dos cabelos, a pulsação da "pessoa querida" encostado em nosso peito.

Dormir de conchinha depois do "ato" é sonhar coisas lindas, caminhar em um campo florido, é deitar na relva molhada pela manhã, é sentir as gotas de chuva caindo em nosso rosto quando deitados sob o céu.
Dormir de conchinha é mais que uma intimidade, é a vontade de um entrar no outro e ficar lá para sempre. É sentir-se pleno, é sentir-se amado, é oferecer o mais puro amor.
Dormir de conchinha é esquecer do tempo, é garantir paz por segundos, minutos, horas, a noite inteira.

Dormir de conchinha não é dormir de colher, embranhado, enroscado. É acasalar em pensamento, sentir a respiração nas pequenas sutilezas do coração. Desconheço tal vibração mais pura e inocente, quanto dormir assim.
Dormir de conchinha é oferecer aconhego, é dividir seu calor, é encontrar abraço amigo, o corpo amigo, o repouso necessário para algum tipo de dor.
Dormir de conchinha traz, intrinsicamente, todas as boas coisas da outra pessoa. É fechar os olhos e ver arco-íris, nuvens brancas, sol poente, gaivotas e barulho do mar.

Dormir de conchinha não é exclusividade só dos os amantes, serve para pais e filhos, serve para irmãos, serve para amigos, serve para um dia de frio.
Dormir de conchinha é estar oferecendo abrigo e a confirmação de que nosso abrigado deseja, mesmo que somente naquele momento, paz, sossego, harmonia e sono bom.
Dormir de conchinha é acordar bem, renovado, é puxar a outra pessoa pra si e dizer bem baixinho: EU TE AMO.

Dormir de conchinha está para o amor como uma oração está para Deus.


Beijos,


Alexandre.