segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A miss "bunda" do colegial...

Mulher linda, pele clara, caracóis nos cabelos, fisionomia arábica, mestrado em Londres, inteligente, bilingue, bem humorada e dona de uma preferência nacional que, ai meu Deus!!! Era muita mulher para o meu caminhão, mas sou atrevido...

Com a descrição acima ela entrou em meu ambiente de trabalho acompanhada de seu superior. Apresentada a todo mundo, sorrisos e desejos de boas vindas, apertos de mão e troca de olhares entre os homens presentes. Aquela coisa que só nós homens sabemos fazer quando entra uma mulher de tirar o fôlego, quando passa na rua, quando tira a canga no clube. Aquele protocolo masculino que somente os homens aprendem na maternidade, tem que ser varão para saber como é. Enfim, ela começou a trabalhar conosco e a cada dia despertava mais interesse, o meu e da torcida do Corinthians, do Flamengo, do São Paulo (ops, eles não são muito chegados), do Asa de Arapiraca e por aí vai...

Não trabalhavamos no mesmo núcleo mas estávamos sempre nos esbarrando. Apenas troca de olhares, ela muito séria e profissional e eu com olhar de lobo mau. Certo dia, um amigo muito bacana e descolado, daqueles que vão trabalhar de boina, colete indiano e fumam cachimbo, resolveu me convidar para uma cerveja, pois bem, aceitei. Estamos lá no bar, bebendo uma cerveja, comendo algo, quando toca seu celular, ele confirma o local e em 5 minutos aparecem duas lindas mulheres. Uma era a tal amiga do trabalho acompanhada de uma outra, quem vim saber mais tarde que também era da empresa. Sentaram conosco. Eu fiquei  de frente para a mulher mais desejada da companhia.

Ah... assuntos diversos, política do PT, histórias do cotidiano, gastronomia e viagens. A mulher não era só bonita, era espetacular. Interessante ao último grau!! Super engajada no seu trabalho, ouvia músicas de bom gosto, amava vinho e cerveja com a mesma empolgação, ou seja, uma pintura de mulher. Eis que o happy hour termina. Não tendo coragem de lhe dizer nada, apenas um abraço de despedida, beijo no rosto e...

...e aí que fiquei com aquela pulga do tamanho de um camundongo na orelha. Será que dá pra encarar, será que ela não irá "refugar", será que crio coragem, será isto, será aquilo e assim foi por meses. Não saímos mais juntos, nunca mais, até que um dia li um e-mail dela enviado para uma lista de funcionários da empresa. Só para situar a história no tempo, nos conhecemos no início de março, estivémos juntos no bar em junho e só fui ver o tal e-mail dela no final de novembro. Criei coragem e escrevi um e-mail, discreto mas com mensagem direta, do tipo: "precisamos repetir a dose daquele último dia, topa um vinho?". Sabe quando você acaba de clicar no botão enviar, fecha um olho e diz: "ai, o que foi que eu fiz..".

Qual não foi a surpresa quando ela respondeu, dizendo que sim, que poderíamos tomar um vinho e porque não? Mais dois ou três correios eletrônicos trocados e marcamos a data, dia 13 de dezembro de um ano que já passou, uma sexta-feira. Cabelo cortado, bem perfumado e cheio de pensamentos nada cristãos. Ao final do expediente, estávamos os dois comprando um belo vinho italiano e duas taças. Bebemos sob o céu escuro e estrelado, sorriso fácil, toques involuntários, pupilas dilatadas e... primeiro beijo! Ela só usava duas peças de roupa: um vestido indiano e... pois bem, a coisa esquentou de tal forma que foi dando tanto calor, tanto calor, taaanto calor que ela tirou uma das peças e não foi o vestido...(como no meu blog não escrevo contos eróticos, detalhes sórdidos vou deixar para a imaginação de vocês, rs).

Nos tornamos amigos, amantes, confidentes e companheiros em muitas peripécias engraçadas. Viajávamos horas para ficarmos juntos. Em uma dessas viagens, em um lugar à beira da estrada, nos intitulamos "Namoradinho" e "Namoradinha". Daí vem o termo que tanto uso. Por fim ela saiu da empresa, era muito competente e bem formada para estar lá. Se tornou uma grande amiga e temos muito respeito e admiração mútuos. Descobri que ela tinha sido eleita a "Miss bunda do colegial", também, com aquela ignorância toda de glúteos, meu Deus... mas é linda, como é linda a visão traseira da minha amiga.

Nossas vidas tomaram outros rumos e, de vez em quando nos falamos por e-mail, ela sempre corrida com seus compromissos, eu sempre enlouquecido com meus quilômetros a rodar. Mas, de repente, quem sabe uma paradinha para um vinho, um sorriso fácil, pupilas dilatadas, um vestido indiano e... bem, o resto é celebração de uma antiga amizade.


Beijos,



Alexandre.

Um comentário:

  1. Só discordei de um ponto... Cristo aprova a procriação e seus meios! Hahahahaha...

    ResponderExcluir