quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O primeiro carro a gente nunca esquece...

A promessa era: "Passe no vestibular meu filho e ganhará um carro". Passei. Em uma faculdade particular. Ganhei. Um fusca! Eita nós... marrom, rodas de Escort, bancos Recaro, rebaixado e... torto. Deveria ter sido batido, com certeza... era tordo do lado direito, puxava para a direita e não adiantava fazer balanceamento e alinhamento, ele puxava mesmo para a direita.

Pois bem, presente dado precisava estrear né e como? Ah... como um pós adolescente estreia seu primeiro carro, digo, condução hã, hã, hã? Conduzindo uma lady ao cinema, depois ao cachorro quente do Joel e por último a um descampado qualquer onde ninguém possa incomodar. Mas eu não tinha esta lady. Eis que surge um amigo muito FILHO DA PUTA e me arruma uma parceira para sábado à noite. Prima da namorada dele. Fiquei horas no banho, xampu, brilho nas canjicas, fio dental, gargarejo, bochecho, tudo o que tem direito para estrear o fusca e dar um pegas na prima da namorada do amigo (FILHO DA PUTA de novo).

Cheguei em frente a casa da fera e dei um leve toque na buzina (sim, meu fusca tinha buzina, meio rouca mas funcionava). Vi que uma mão fora do padrão de normalidade abriu aquelas janelinhas que tem na porta da sala e me pediu para esperar, só a mão. Pensei comigo, deve ser a mão da mãe da moça. Pois bem, olhei no retrovisor enferrujado, dei um tapa no cabelo e aguardei.

Quando a porta do passageiro do fusca abriu, meuuuuuuuu Deus. A moça era grande, mas grande, mas muuuuito grande. Quando ela sentou, com o solavanco, quase fui parar em seu colo. Meu fusca que já era torto, ficou penso para o lado direito. Pensei comigo: "E agora? O que eu faço com tanta mulher assim?". Bom, resolvi dar uma voltinha para não frustrar a moça e muito menos causar-lhe revolta. E pra soltar o freio de mão? Amigo, a mulher era tão grande que ocupou o banco do passageiro, o espaço entre meu banco e o banco dela, o freio de mão e ainda pegava um pedaço do meu banco. Me senti um mico. E olha que sou alto, tenho 1,86m. Mas o que eu tinha de altura ela tinha de largura. Enfim, com muito jeitinho, ou jeitão, soltei o freio de mão. Saímos. O fusca ia em duas rodas, eu de ladinho. Torcendo para não quebrar as molas do lado direito.

Andamos bastante de carro e a conversa até fluiu. Quando de repente ela me intima: "E aí tigrão, não está afim de pararmos em algum lugar?". Me senti um filhote siamês naquela hora. Novamente, para não frustrar a moça, parei em um lugar ermo e sem muita luz. Papo vai, papo vem ela virou de lado e veio me beijar, não tive escolha, senão ela me batia. Repito, ela era gigante. Me puxou pelo colarinho, me enfiou entre seus seios. Eu, literalmente mergulhei na moça. Não sabia mais o que era peito, pança, braço, perna. Era uma coisa só. Tipo colchão d'água. Ficamos ali... ela passando a mão em mim e eu sem saber no quê estava passando a mão. Eram necessários três vezes o tamanho do meu braço para poder abraçá-la. De repente, ela me disse: "Tá calor aqui né, posso ficar mais a vontade?". Nesta hora ela tirou o vestidinho tubinho dela. Uma coisa para Sabesp nenhuma botar defeito, o tal tubinho. E daí ela me dominou. Rebateu os bancos, e veio me "esmagar". Neste momento senti o freio de mão cutucar a minha bunda e a manivela, de baixar o banco, as minhas costas. Ahhhh... foi uma beleza.

Como se não bastasse aquele "amasso" a moça queria mais e então tirou sua lingerie e pendurou no retrovisor interno do fusca. Juro sem mentiras, não vi mais nada tamanho era sua peça íntima. Dava para vestir toda a cachorrada lá em casa e ainda sobrava pano para fazer um casaquinho pro papagaio. Era do tipo capa de microondas de tão grande. Ah, mas tinha bolinhas vermelhas. Não deu muito certo. Estava eu tão desanimado. Daí ela me disse, vou virar de costas e me ajeitar daí você vem por trás. Eu, com medo, disse: "Tudo bem". Pensei comigo: " Se eu me animar e resolver dar um beijinho nela, como farei para chegar até sua boca?" Nem Gauss conseguiria calcular tal curva. De repente ela me espremeu entre o vidro traseiro e ela. Fiquei parado e ela me apertando com aquela lua mais que cheia. Quase entalado naquele buraco que todo fusca tem atrás do banco traseiro, me senti um desbravador. Um verdadeiro Colombo, tal a dificuldade de enxergar algo no escuro e só tateando mata a dentro. Ela segurando no "puta-que-o-pariu" toda entusiasmada e eu gritando: "Pelo amor de Deus, me tirem daqui" (em pensamento).

Com muito jeito consegui convencê-la que já estava bom. Que tinha adorado sua companhia e que me sentia o homem mais feliz do mundo, realizado. Nos vestimos, ela tirou o "pequeno" souvenir do espelho, vestiu e fomos embora.

E assim foi a estreia do fusca, a minha, a dela... nunca mais o fusca foi o mesmo. Nunca mais consegui endireitá-lo. E olha que meu pai sempre disse: "Filho, com um pedaço de arame e uma chave de fenda você nunca ficará na mão com um fusca". Sei... quase fico sem outras coisas que não dariam para arrumar com arame e chave de fenda.

Parafraseando um amigo meu: "Que me desculpem as gordinhas mas caber num fusca é fundamental"


É isto,



Alexandre.

7 comentários:

  1. MEU DEEEEEEUUUS!!!! Hahahahahahaha Mas o problema era o carro pequeno e não a mulher. Coitada... tsc, tsc... Depois de vc ela só saiu com homens que tinham carrão, pode apostar. :p

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  2. Ola!
    Primeiramente obrigada pelos elogios!
    Estou rindo até agora com esse post..o carro era pequeno e ela grande demais!Rsrsrs que azar hein...seu,dela ou do carro?
    E se o carro falasse?
    kkk
    Volte sempre la no blog ta?
    Beijos

    Celi
    www.casanovaeagora.wordpress.com

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  3. Para mim, seria impossível não tentar descobrir quem era a "fofucha", com capa de microondas de bolinhas! Fiquei aqui pensando.... matutando... quem será que foi.... e rindo, rindo ,muito.

    Muito legal Alê

    Besos

    Rita

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  4. Olá professor!

    Estava sem tempo de comentar seus posts. Então, desta forma vou fazer um apanhado geral...
    Você melhorou muito!!! Agora posso entender o porquê de você valorizar tantos dos 5 sentidos no momento da conquista.
    Tanto no caso da mudinha, quanto no casa da gordinha...faltaram o isso, não e mesmo?
    Que me perdoem os lacônicos, mas um bom papo(antes e depois) é fundamental.
    Quanto ao post da gordinha...
    Blind date is very dangerous!! A visão é primordial, pelo menos antes do primeiro encontro.
    Os outros sentidos como tato, olfato e paladar...estão descritos de forma intrínseca nos outros posts. Mas para um bom leitor é fácil verificá-los.
    Feliz 2011 para você!
    Prohibited girl :)

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  5. kkkkkkkkkkkkkkk

    achei muito engraçado Alexandre
    vc nem imagina quem sou..kkkk
    será q foi a gordinha q votou no iem -imprestável?
    kkkkkkkkkkkk
    Silvia
    ex-colega de classe na fema - desisti do curso

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  6. Silvia, quem é você meu Deus!!! Estou aqui pensando qual das beldades era você na turma da Fema. Mas, muito obrigado pela sua visita... e como descobriu o meu blog. Tento mantê-lo no maior sigilo... rs...

    Beijos,


    Alexandre.

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  7. Alê, assim num vale vai ter que contar pra prima e pra Rita quem foi a "Fofuchaaa"
    Rita, se ele te contar me avisa ...
    Bjks
    Até o próximo post.

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